Nos últimos 8 anos tenho visto com freqüência, homens e mulheres de varias idades, afirmando para professores e amigos que não desejam ganhar músculos, que seu objetivo é tirar a barriga ou ficar definido.
Há certamente pessoas com objetivos opostos querendo desesperadamente ganhar músculos muito rápido. Ambos com pretensões distorcidas, de um lado a busca frenética pelos músculos, treino e peso em excesso, uso exagerado de suplementos, falta de alongamento... Do outro lado existe até um certo desprezo e um desespero principalmente pôr parte das mulheres de não ganhar músculos de forma alguma.
Ganhar músculo hoje é uma necessidade de saúde e sobrevivência e não mais uma busca estética. Na avaliação física dividimos o peso corporal em peso isento de gordura e peso em gordura., sua massa corporal sem gordura é a sua parte metabolicamente ativa; ela consome maior parte da energia, recupera o desgaste diário das estruturas orgânicas vitais e repõe os líquidos vitais e as substancias químicas do organismo – em resumo, realiza todo o trabalho vital. O DR. Kenneth H. Copper afirma que a media das pessoas passa aproximadamente uma década com alguma forma de incapacidade antes de morrer e, para a maior parte, deteriorações da capacidade física podem ser prevenidas, ou ao menos minimizadas, com um programa regular de treinamento de força ( musculação).
Os nossos órgãos, nossa estrutura óssea, nossos músculos, enfim, todo o nosso organismo foi feito para se movimentar e não para ficar parado. Justamente o sedentarismo e a má alimentação, composta de 85% de carboidratos e gorduras, que geram doenças. Pôr isso a atividade física é indicada para qualquer pessoa, mesmo as pessoas doentes: com uma boa orientação, todos podem e devem se exercitar é o que acredita o Dr. Paulo Zogaib, professor do centro de medicina esportiva da escola paulista de medicina.
Cada célula no corpo tem um tamanho mínimo, o qual é determinado geneticamente. Quando uma célula diminui abaixo deste tamanho, pode ocorrer a morte da célula. A perda das fibras musculares com o envelhecimento pode ser um resultado da morte das células do músculo ou de um processo degenerativo causado pela perda do contato das fibras musculares com o nervo motor, sendo substituídas pôr gordura ou tecido conjuntivo fibroso. No linguajar popular dizemos que atrofiou. Isso acontece pôr que no músculo existe três tipos de fibras, uma delas tem força e é rápida e potente, e tem baixa capacidade aeróbia, a outra é lenta, pouca força, grande capacidade aeróbia , e a terceira reúne as características das duas anteriores.
Todas as atividades do cotidiano e de qualquer trabalho que não for braçal causam essa atrofia, nas fibras fortes que mantém nossos movimentos perfeitos e rápidos. Sem o treinamento, há uma diminuição nas secreções hormonais, diminuindo assim a remodelação e o crescimento das células que compõe nossos tecidos musculares e do restante do corpo, causando perda de massa muscular. Como o músculo e ligado pôr um tendão ao osso se ele ficar fraco o excesso de peso que ele não suportar ele repassa para os tendões, articulações e ossos, se a forca externa for maior que a resistência interna do osso ele se quebra.
Com o aumento da força e da capacidade aeróbia, retardamos a perda da elasticidade das artérias, diminuindo a sobrecarga cardíaca e a pressão arterial. Há também uma diminuição da concentração de lipídeos Com isso melhoramos a capacidade de abosorver o oxigênio diminuindo a produção de radicais livres, que geram cistos, tumores e câncer. Melhorando a flexibilidade manteremos as amplitudes de movimentos das articulações e músculos, como amarrar um sapato, pôr uma blusa, uma calca ou levantar da cama, da cadeira..
Esses benefícios vem da combinação: exercício e alimentação equilibrada e saudável. Do contrario a fraqueza dos músculos pode avançar ate que uma pessoa idosa não possa realizar as atividades comuns da vida diária, tais como as tarefas domesticas, levantar-se de uma cadeira, tomar banho , varrer o chão.. etc.
“ A redução da capacidade funcional pode resultar em inernação em
asilos” são as palavras dos doutores em fisiologia Stven .J. Fleck e William
.J. kraemer.
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